segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Plano 9 do espaço sideral

Olá,

O filme Blade Runner - O Caçador de Andróides, do diretor britânico Ridley Scott, foi eleito o melhor filme de ficção científica de todos os tempos por 60 dos mais importantes cientistas do mundo, consultados pelo jornal britânico The Guardian. O filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, ficou em segundo lugar, seguido de Guerra nas Estrelas e O Império Contra-Ataca, os dois primeiros episódios da primeira trilogia de Star Wars, dirigidos por George Lucas. Alien, O Exterminador e Matrix também estão entre os dez melhores filmes escolhidos pelos especialistas.

Eu concordo que todos esses são excelentes filmes, porém, acredito que o segundo lugar merecia ter ficado com O PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL. Embora muitos digam que se trata do pior filme já realizado por um ser humano (como se outros seres também fizessem filme...), não há como negar que o Plano 9 é uma obra-prima, e que há bastante coerência nos fatos narrados durante o filme. Sei lá, vai que numa noite qualquer você está andando na rua e pá! bem na sua frente aparecem os Saqueadores-de-tumba-do-espaço-sideral! Quem assistiu ao filme sabe o que fazer numa situação dessas...

De qualquer forma, decidi colocar, logo abaixo, alguns dados interessantes a respeito deste que é, pelo menos para mim, um marco da ficção científica, e que foi injustamente esquecido na votação feita pelos cientistas.

Até a próxima,

Marcos

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Plano 9 do Espaço Sideral



- Plano 9 do Espaço Sideral é conhecido mundialmente como o pior filme já feito na história do cinema.

- O título original do filme era Grave Robbers from Outer Space (ou, “Ladrões de Túmulos do Espaço Sideral”). No entanto, os pastores batistas que financiaram o filme reclamaram do nome. Ed Wood, então, alterou-o para Plan 9 from Outer Space (sem sequer explicar quais eram os oito planos anteriores).

- Aliás, o título orignal foi filmado e apareceu em uma das primeiras versões do filme. Depois que ficou decidido que ele seria alterado, o novo título foi filmado e aplicado sobre uma tomada de efeitos especiais, mostrando uma estação espacial alienígena. A tomada com o título original foi simplesmente cortada, para que o novo título fosse inserido no negativo. Somente a introdução em que Criswell apresenta o filme como Grave Robbers From Outer Space não foi alterada.

- Quando Gregory Walcott leu o roteiro, disse ao diretor Edward D. Wood Jr. que aquele era o pior script que ele já havia lido. Mesmo relutante, o ator assinou com a produção. Ele interpreta o protagonista Jeff Trent.

- Como os salários do elenco do filme foram pagos por uma igreja Batista, todos os atores tiveram que passar por um ritual de batismo.

- Os discos voadores sobrevoam os prédios das redes de televisão ABC, CBS e NBC, em Los Angeles.

- A produção era tão precária que os carros e uniformes de polícia foram emprestados pelo filho de Tor Johnson, Karl, que trabalhava no departamento de polícia de San Fernando.

- Bela Lugosi morreu quatro dias depois que as filmagens começaram. Wood parou a produção para reescrever o roteiro e acrescentar todas as imagens que ele havia filmado com o ator, incluindo cenas em um cemitério e do lado de fora da casa de Tor Johnson.



- No restante das filmagens, o papel de Lugosi foi interpretado por Tom Mason, quiroprata da esposa de Wood, que era tão alto quanto o ator. Ele interpretou o personagem usando uma capa que cobria sua face. Mason não foi creditado, obviamente.

- Em uma das versões do filme lançadas em vídeo, uma nota na capa diz: “Quase estrelando Bela Lugosi”, em razão da morte do ator.

- Nos créditos do filme, o personagem de Bela Lugosi é creditado como “The Ghoul Man”. Já no roteiro de Wood, ele era referenciado como “The Dracula Character”.

- A cicatriz usada por Tor Johnson tinha que ser tirada todos os dias, pois causava sérias irritações na pele do ator.

- Bela Lugosi usou seu próprio figurino nas cenas de que participou. Ele vestiu uma das capas que usava quando interpretava Drácula no teatro.

- Uma das mais conhecidas lendas a respeito da produção de Plano 9 do Espaço Sideral é que Wood usou vários objetos (como calotas de automóveis, formas de pizza, latas de torta e pratos de papel) para representar os discos voadores. Na verdade, o diretor utilizou discos voadores de brinquedo nas cenas em que as espaçonaves aparecem.- As filmagens foram realizadas no final de 1956, mas somente três anos depois um distribuidor foi encontrado para exibir a produção nos cinemas. O lançamento foi realizado pela Distributors Corporation of America, em 1959. Atualmente, os direitos de distribuição pertencem a Image Entertainment, que relançou o filme em DVD em fevereiro de 2000, numa edição especial contendo documentário e entrevistas com atores que trabalharam no filme (incluindo Gregory Walcott e Vampira).


quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Clatu, verata, nictu

Olá,

Você deve estar se perguntando por que escolhi este título para meu blog. Tudo bem, lá vai, prepare-se para a revelação: não fui eu que escolhi o título, foi o título que me escolheu! Pode chorar agora...

Essa frase saiu do filme Noite Alucinante 3 - O Exército das Trevas (Army of Darkness), em que para destruir o livro dos mortos, o herói precisa memorizar e dizer as palavras "Clatu, verata nictu" (ou "Klaatu barada niktu", ou ainda algo parecido). Isso foi um tributo que o diretor Sam Raimi prestou ao filme "O dia em que a Terra parou" (The day earth stood still, 1951). Nesse filme um alienígena instrui a uma garota para que memorize e diga a frase "Klaatu barada niktu" para fazer com que o robô pare de atacar.

Aí, você me pergunta novamente, "o quê tem a ver isso com o título desse blog?", e eu lhe repondo: nada! Só usei porque achei interessante. ponto. E daí, vai encarar? Cai dentro!!! Brincadeirinha, o objetivo deste blog é tratar de poesia, cinema, filosofia e rock 'n' roll, audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve.

Sinta-se a vontade para enviar suas críticas, dúvidas ou sugestões (não necessariamente nessa ordem...).

Saudações,

Marcos

À espera dos bárbaros

Constantino Kaváfis (1863-1933)  O que esperamos na ágora reunidos?  É que os bárbaros chegam hoje.  Por que tanta apatia no senado?  Os s...