terça-feira, 7 de outubro de 2014

O andarilho - Segunda versão

Georg Trakl

SEMPRE se apoia na colina a noite branca,
onde se eleva o álamo, em música prateada,
há estrelas e pedras.

Sonolenta, arqueia-se sobre o rio a pequena ponte,
um rosto morto persegue o menino,
meia lua no vale rosa

e, ao longe, pastores agradecem. Do pedregoso leito
avista com seus olhos cristalinos o sapo,
ergue-se, do vento florido, a voz de pássaro do que se assemelha a um morto
e os passos verdejam lentos no bosque.

E isto recorda ao animal e à árvore. Lentas escadas de musgo;
e a Lua,
esplêndida, cujo brilho se afunda na lagoa melancólica.

Ele regressa e vaga pelas verdes costas,
equilibra-se numa gôndola negra pela cidade em ruínas.


DER WANDERER 2. Fassung 
IMMER lehnt am Hügel die weiße Nacht,
Wo in Silbertönen die Pappel ragt,
Stern' und Steine sind.

Schlafend wölbt sich über den Gießbach der Steg,
Folgt dem Knaben ein erstorbenes Antlitz,
Sichelmond in rosiger Schlucht

Ferne preisenden Hirten. In altem Gestein
Schaut aus kristallenen Augen die Kröte,
Erwacht der blühende Wind, die Vogelstimme des Totengleichen
Und die Schritte ergrünen leise im Wald.

Dieses erinnert an Baum und Tier. Langsame Stufen von Moos;
Und der Mond,
Der glänzend in traurigen Wassern versinkt.

Jener kehrt wieder und wandelt an grünem Gestade,
Schaukelt auf schwarzem Gondelschiffchen durch die verfallene Stadt.

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